A história de Belkys, 57 anos, técnica em mineração venezuelana, e sua filha, Osbelys, 30 anos, psicóloga, traduz a resiliência das mulheres que, impulsionadas pelo amor e pela esperança, enfrentam os desafios da migração em busca de um futuro melhor.
Após anos de instabilidade socioeconômica na Venezuela, Osbelys partiu para o Chile em 2018, em busca de oportunidades. Um ano depois, Belkys se juntou à filha, mas a vida no país andino também se mostrou desafiadora. Há três meses, Belkys aceitou o convite de uma amiga e mudou-se para Florianópolis, em busca de um recomeço.
Recentemente, a saudade falou mais alto e Osbelys decidiu se juntar à mãe na capital catarinense. Acreditam que, juntas, poderão superar os obstáculos da adaptação ao Brasil. “Quando você está acompanhado, é muito mais simples lidar com esse tipo de emoções. Uma acalma a outra, é um equilíbrio”, diz Osbelys.
Para auxiliar nessa jornada, Belkys encontrou apoio no curso online “Passaporte Digital: Inteligência Emocional e Inteligência Artificial na Integração de Refugiados e Migrantes”, oferecido gratuitamente pela Círculos de Hospitalidade e atriz e ativista Dani Suzuki “O curso tem me ajudado a lidar com essa situação, não vê-la como um fracasso, mas uma oportunidade, uma fortaleza”, afirma Belkys, reconhecendo o valor das ferramentas oferecidas para enfrentar a realidade de um novo país.
Osbelys não poupa elogios à mãe: “Minha mãe é uma pessoa super valente, que já passou por outras coisas, e essa será mais uma. É uma mulher resiliente, sempre tem uma resposta, uma facilidade para solucionar o que está complicado. Creio que toda mãe tem esse dom de oferecer uma luz no fim do túnel, de abrir as portas quando tudo está escuro. Isso é minha mãe, é luz.”
Para outras mães migrantes, Osbelys deixa uma mensagem: “Não se deem por vencidas. Estar aqui já é sinônimo de valentia. E o que virá pela frente são coisas maravilhosas.”
