Oficina prática ensina como se preparar para uma vaga de emprego no Brasil

Turma do curso de empregabilidade realizado na Círculos de Hospitalidade, em Florianópolis.

Com o objetivo de promover a integração econômica da população migrante, a Círculos de Hospitalidade realizou no dia 21 de maio uma oficina de empregabilidade. A atividade foi ministrada por Cecília Ciarcelluti, especialista em gestão estratégica de pessoas.

Antes da oficina, os participantes foram recebidos com um café da manhã oferecido pela equipe da Círculos de Hospitalidade. Quem trouxe os filhos não precisou se preocupar, pois um espaço de recreação foi montado para que as crianças pudessem brincar em segurança durante todo o período da atividade. 

Cecília iniciou a oficina contando um pouco de sua jornada no Brasil. Ela é argentina, vive há nove anos em Florianópolis e atualmente trabalha em uma empresa de tecnologia. Antes de trabalhar em sua área profissional, passou por diversos empregos. Ela acredita que sua trajetória teria sido menos difícil se tivesse recebido orientações sobre o mercado de trabalho na época em que chegou.

“A primeira dificuldade de qualquer imigrante quando chega é o idioma, além da falta de conhecimento da cultura, da legislação. Esse suporte que estamos oferecendo dará a eles noções sobre perfis de vagas e de como e onde buscar emprego”, explica Cecília. 

 

Cecília Ciarcelluti mostrando como elaborar um currículo profissional.
Foram oferecidas atividades para as crianças enquanto os pais estavam na oficina.

Tendo como material de apoio a Cartilha Nacional de Empregabilidade, produzida pela parceria entre a Agência da ONU para as Migrações (OIM) e a Círculos de Hospitalidade, no marco do Projeto Oportunidades, a oficina ensinou como elaborar um currículo e como se preparar para uma entrevista de emprego. Lembrar dos nomes e grafia de sites em português pode ser uma dificuldade para quem ainda não domina o idioma, por isso também foi apresentada a possibilidade de acessar rapidamente através de QR Code uma série de sites de emprego que integram o conteúdo da cartilha. Basta apontar a câmera do celular e ser direcionado ao endereço correto. 

Para ajudá-los com a apresentação de um currículo, Cecília também indicou opções gratuitas de sites onde é possível personalizar modelos com design criativo e profissional. 

“Foi tudo muito produtivo. Tivemos um diálogo aberto e ao mesmo tempo centralizado no que realmente estamos procurando. Aprendemos como fazer um bom currículo para começar a trabalhar e ter mais oportunidades no Brasil. Quero muito poder trabalhar, agora tenho mais expectativas de que vou conseguir”, conta o cubano Dennys Valdés. 

Claudia Lazcano, assistente psicossocial da Círculos de Hospitalidade, auxiliando participante a utilizar a cartilha de empregabilidade.

Confira algumas dicas que fazem parte da cartilha de conselhos de empregabilidade elaborada pela Círculos de Hospitalidade: 

Conselho #1

O currículo deve conter informações simples, concisas e verdadeiras. Tente resumir em uma página, no máximo, duas. 

Conselho #2 

As datas mais importantes do currículo são suas informações de contato e experiência profissional

Conselho #3

Adapte as informações de acordo com a vaga desejada. Por exemplo, se a oportunidade é para um/uma Assistente Administrativo/a, coloque experiências e/ou cursos relevantes um/a assistente administrativo/a. 

Conselho #4

Lembre que estudar português é muito importante para sua inserção no mercado de trabalho brasileiro. Um currículo escrito em português tem mais oportunidades de ser aceito. Busque revisar seu currículo cuidadosamente, peça ajuda a amigos ou familiares que saibam falar português. Busque cursos de português disponíveis na sua cidade. 

 

Texto e fotos: Sansara Buriti

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Cynthia Orengo

Vice-presidente

Cynthia é gestora de pessoas e servidora do Ministério Público Federal. Trabalha com projetos que resgatam o princípio da dignidade da pessoa humana, por meio de ações de responsabilidade social e voluntariado. Foi parceira da Círculos de Hospitalidade em diversos projetos e ações, como o Pedal Humanitário, que idealizou junto com a Bruna Kadletz. Apaixonada  pelas causas humanitárias, acredita em um mundo sem muros e fronteiras. Na organização, trabalha com ações de acolhimento, proteção e integração de pessoas deslocadas.